sábado, maio 03, 2008

CANGAÇO MODERNO



Observamos o tempo que dista do nosso clássico bandido social, que habitava o imaginário popular brasileiro dos anos 20 aos 40 do século XX ao contemporâneo marginal brasileiro. Se por um lado o que os identifica, o que existe de comum é o preconceito contido em seu nascimento, berço, na sua baixa estima e visão de futuro. Por outro lado, a banalização da violência criou outras formas de banditismo, até mesmo familiar que se distanciam da violência rural que os diferencia.
Entorpecido pela mídia e sua constância, o "cidadão" se esvaiu, desapareceu do cenário sócio urbano por envergonhar-se de sua passividade política.


A vida nada significa!


As volantes possuíam também um paralelo com o presente, onde os 'meganhas' militares são tão ou mais ignóbeis.
"Dona Justiça" não é somente cega, tornou-se maldita. As palavras não possuem o mesmo sentido, as vírgulas são uma imposição. Seus soldados são reprovados pela OAB por um crasso analfabetismo operacional.
Nossos políticos alugam-se, vendem-se, na esperança de compor um patrimônio destacado, procuram fugir do rebaixamento social decretado pelo Estado.
O povo em sua ingenuidade permanece à mercê do destino.
A gravura de Aldemir Martins, mitifica o personagem social, já a charge da imprensa vulgariza o real.